O ponto "G" deles!


"...Vamos concordar que nessa sociedade machista se uma mulher pensar em descer o dedinho dela até um lugar próximo do seu c* vai criar um clima tenso.
Você pode até desejar, você pode ser descolado, você está esperando que ela ache logo esse tal desse ponto e te estimule mais…mas “quiquieuvoufalaremcasameldels?”...

E atenção, o clássico fio terra está na lista! Siiiim, meus queridos leitores, massagear as terminações nervosas da próstata ajuda e muito, inclusive, resulta em ereção, mesmo que o homem não esteja psicologicamente e sexualmente excitado, é só uma reação que reflete na medula. Mas como eu sou legal e já estou até vendo as rugas de preocupação de vocês, meus queridos, vou dar uma dica que não envolve dedos dentro, mas vocês terão que confiar na parceira, ok?..."


(Leia o texto completo CLICANDO AQUI - do site O CREPÚSCULO)

A verdade dói - Arnaldo Jabor

-Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.

Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;

Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...

Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.

Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai..
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo..

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.

Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira..

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.

Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.

A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.

Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores)..
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro... Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.

No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ? Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...

Brasil, o país do futuro !? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade. Será que é tão difícil assim?

Lúcio Flávio Pinto condenado!


AO CARO LEITOR

Li com estupefação, perplexidade e indignação a sentença que ontem me impôs o juiz Raimundo das Chagas, titular da 4ª vara cível de Belém do Pará. Ao fim da leitura da peça, perguntei-me se o magistrado tem realmente consciência do significado do poder que a sociedade lhe delegou para fazer justiça, arbitrando os conflitos, apurando a verdade e decidindo com base na lei, nas evidências e provas contidas nos autos judiciais, assim como no que é público e notório na vida social. Ou, abusando das prerrogativas que lhe foram conferidas para o exercício da tutela judicial, utiliza esse poder em benefício de uma das partes e em detrimento dos direitos da outra parte.

O juiz deliberou sobre uma ação cível de indenização por dano moral que contra mim foi proposta, em 2005, pelos irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, donos da maior corporação de comunicação do norte do país, o Grupo Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão. O pretexto da ação foi um artigo que escrevi para um livro publicado na Itália e que reproduzi no meu Jornal Pessoal, em setembro daquele ano.

O magistrado acolheu integralmente a inicial dos autores. Disse que, no artigo, ofendi a memória do fundador do grupo de comunicação, Romulo Maiorana, já falecido, ao dizer que ele atuou como contrabandista em Belém na década de 50. Condenou-me a pagar aos dois irmãos indenização no valor de 30 mil reais, acrescida de juros e correção monetária, além de me impor o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, arbitrados pelo máximo permitido na lei, de 20% sobre o valor da causa.

O juiz também me proibiu de utilizar em meu jornal “qualquer expressão agressiva, injuriosa, difamatória e caluniosa contra a memória do extinto pai dos requerentes e contra a pessoa destes”. Também terei que publicar a carta que os irmãos Maiorana me enviarem, no exercício do direito de resposta. Se não cumprir a determinação, pagarei multa de R$ 30 mil e incorrerei em crime de desobediência.

As penas aplicadas e as considerações feitas pelo juiz para justificá-las me atribuem delitos que não têm qualquer correspondência com os fatos, como demonstrarei.

O juiz alega na sua sentença que escrevi o artigo movido por um “sentimento de revanche” contra os irmãos Maiorana. Isto porque, “meses antes de tamanha inspiração”, me envolvi “em grave desentendimento” com eles.

O “grave desentendimento” foi a agressão que sofri, praticada por um dos irmãos, Ronaldo Maiorana. A agressão foi cometida por trás, dentro de um restaurante, onde eu almoçava com amigos, sem a menor possibilidade de defesa da minha parte, atacado de surpresa que fui. Ronaldo Maiorana teve ainda a cobertura de dois policiais militares, atuando como seus seguranças particulares. Agrediu-me e saiu, impune, como planejara. Minha única reação foi comunicar o fato em uma delegacia de polícia, sem a possibilidade de flagrante, porque o agressor se evadiu. Mas a deliberada agressão foi documentada pelas imagens de um celular, exibidas por emissora de televisão de Belém.

O artigo que escrevi me foi encomendado pelo jornalista Maurizio Chierici, para um livro publicado na Itália. Quando o livro saiu, reproduzi o texto no Jornal Pessoal, oito meses depois da agressão.

Diz o juiz que o texto possui “afirmações agressivas sobre a honra” de Romulo Maiorana pai, tendo o “intuito malévolo de achincalhar a honra alheia”, sendo uma “notícia injuriosa, difamatória e mentirosa”.

A leitura isenta da matéria, que, obviamente, o magistrado não fez, revela que se trata de um pequeno trecho inserido em um texto mais amplo, sobre as origens do império de comunicação formado por Romulo Maiorana. Antes de comprar uma empresa jornalística, desenvolvendo-a a partir de 1966, ele estivera envolvido em contrabando, prática comum no Pará até 1964. Esse fato é de conhecimento público, porque o contrabando fazia parte dos hábitos e costumes de uma região isolada por terra do restante do país. O jornal A Província do Pará, um dos mais antigos do Brasil, fundado em 1876, se referiu várias vezes a esse passado em meio a uma polêmica com o empresário, travada em 1976.

Três anos antes, quando se habilitou à concessão de um canal de televisão em Belém, que viria a ser a TV Liberal, integrada à Rede Globo, Romulo Maiorana teve que usar quatro funcionários, assinando com eles um “contrato de gaveta” para que aparecessem como sendo os donos da empresa habilitada e se comprometendo a repassar-lhe de volta as suas ações quando fosse possível. O estratagema foi montado porque os órgãos de segurança do governo federal mantinham em seus arquivos restrições ao empresário, por sua vinculação ao contrabando, não permitindo que a concessão do canal de televisão lhe fosse destinado. Quando as restrições foram abolidas, a empresa foi registrada em nome de Romulo.

Os documentos comprobatórios dessa afirmação já foram juntados em juízo, nos processos onde os fatos foram usados pelos irmãos Maiorana como pretexto para algumas das 14 ações que propuseram contra mim depois da agressão, na evidente tentativa de inverter os pólos da situação: eu, de vítima, transmutado à condição de réu.

Todos os fatos que citei no artigo são verdadeiros e foram provados, inclusive com a juntada da ficha do SNI (Serviço Nacional de Informações), que, na época do regime militar, orientava as ações do governo. Logo, não há calúnia alguma, delito que diz respeito a atribuir falsamente a prática de crime a alguém.

Quanto ao ânimo do texto, é evidente também que se trata de mero relato jornalístico, uma informação lateral numa reconstituição histórica mais ampla. Não fiz nenhuma denúncia, por não se tratar de fato novo, nem esse era o aspecto central do artigo. Dele fez parte apenas para explicar por que a TV Liberal não esteve desde o início no nome de Romulo Maiorana pai, um fato inusitado e importante, a merecer registro.

O juiz justificou os 30 mil reais de indenização, com acréscimos outros, que podem elevar o valor para próximo de R$ 40 mil, dizendo que a “capacidade de pagamento” do meu jornal “é notória, porquanto se trata de periódico de grande aceitação pelo público, principalmente pela classe estudantil, o que lhe garante um bom lucro”.
Não há nos autos do processo nada, absolutamente nada para fundamentar as considerações do juiz, nem da parte dos autores da ação. O magistrado não buscou informações sobre a capacidade econômica do Jornal Pessoal, através do meio que fosse: quebra do meu sigilo bancário, informações da Receita Federal ou outra forma de apuração.

O público e notório é exatamente o oposto. Meu jornal nunca aceitou publicidade, que constitui, em média, 80% da fonte de faturamento de uma empresa jornalística. Sua receita é oriunda exclusivamente da sua venda avulsa. A tiragem do jornal sempre foi de 2 mil exemplares e seu preço de capa, há mais de 12 anos, é de 3 reais. Descontando-se as comissões do distribuidor e do vendedor (sobretudo bancas de revista), mais as perdas, cortesias e encalhes, que absorvem 60% do preço de capa, o retorno líquido é de R$ 1,20 por exemplar, ou receita bruta de R$ 2,4 mil por quinzena (que é a periodicidade do jornal). É com essa fortuna que enfrento as despesas operacionais do jornal, como o pagamento da gráfica, do ilustrador/diagramador, expedição, etc. O que sobra para mim, quando sobra, é quantia mais do que modesta.

Assim, o valor da indenização imposta pelo juiz equivale a um ano e meio de receita bruta do jornal. Aplicá-la significaria acabar com a publicação, o principal objetivo por trás dessas demandas judiciais a que sou submetido desde 1992.

Além de conceder a indenização requerida pelos autores para os supostos danos morais que teriam sofrido por causa da matéria, o juiz me proibiu de voltar a me referir não só ao pai dos irmãos Maiorana, mas a eles próprios, extrapolando dessa forma os parâmetros da própria ação. Aqui, a violação é nada menos do que à constituição do Brasil e ao estado democrático de direito vigente no país, que vedam a censura prévia. A ofensa se torna ainda mais grave e passa a ter amplitude nacional e internacional.

Finalmente, o magistrado me impõe acatar o direito de resposta dos irmãos Maiorana, direito que eles jamais exerceram. É do conhecimento público que o Jornal Pessoal publica – todas e por todo – as cartas que lhe são enviadas, mesmo quando ofensivas. Em outras ações, ofereci aos irmãos a publicação de qualquer carta que decidissem escrever sobre as causas, na íntegra. Desde que outra irmã iniciou essa perseguição judicial, em 1992, jamais esse oferecimento foi aceito pelos Maiorana. Por um motivo simples: eles sabem que não têm razão no que dizem, que a verdade está do meu lado. Não querem o debate público. Seu método consiste em circunscrever-me a autos judiciais e aplicar-me punição em circuito fechado.

Ao contrário do que diz o juiz Raimundo das Chagas, contrariando algo que é de pleno domínio público, o Jornal Pessoal não tem “bom lucro”. Infelizmente, se mantém com grandes dificuldades, por seus princípios e pelo que é. Mas dispõe de um grande capital, que o mantém vivo e prestigiado há quase 22 anos: é a sua credibilidade. Mesmo os que discordam do jornal ou o antagonizam, reconhecem que o JP só diz o que pode provar. Por assim se comportar desde o início, incomoda os poderosos e os que gostariam de manipular a opinião pública, conforme seus interesses pessoais e comerciais, provocando sua ira e sua represália. A nova condenação é mais uma dessas vinganças. Mas com o apoio da sociedade, o Jornal Pessoal sobreviverá a mais esta provação.

Belém, 7 de julho de 2009

Lúcio Flávio Pinto

MERCADO DE AÇÕES - explicação definitiva


Aprendendo sobre o mercado de ações com parábola.

Uma vez, num vilarejo do interior, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria burros por R$10,00 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos burros na região, iniciaram a caça aos burros.

O homem comprou centenas de burros a R$10,00 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça. Então o homem anunciou que agora pagaria R$20,00 por cada burro e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.

Logo, os burros foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para R$25,00 e a quantidade de burros ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada burro por R$50,00! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos burros.

Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões:

-Estão vendo todos estes burros que o homem comprou de vocês? Eu posso vender a vocês por R$35,00 e quando o homem voltar da cidade, vocês podem vender de volta por R$50,00 cada!

Os aldeões, espertos, pegaram em todas as suas economias e compraram quantos burros puderam do assistente. Na verdade compraram todos!

Eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente burros por todos os lados.

Desde quando legalidade e moralidade são sinônimos?


Texto de Cora Rónai


Na entrevista que deu à Veja esta semana, Michel Temer, a excelência mor, disse que, no Congresso Nacional, há “confusão entre o que se pode fazer e o que não se pode fazer”; disse ainda que “há falhas no controle”, e que “os erros de poucos não podem contaminar a instituição”.
Como contribuinte às voltas com o assalto do imposto de renda, de um lado, e, do outro, o noticiário simplesmente obsceno da política, tive que respirar fundo e contar até dez -- várias vezes -- para não ter um ataque de fúria.

Não basta ter cara de pau para dizer isso; é preciso também subestimar, em altíssimo grau, a inteligência dos leitores. Prevarique, excelência, já que ninguém lhe disse que prevaricar não se pode fazer, mas, por favor, não me chame de burra!

Qualquer criança razoavelmente educada sabe, muito bem, o que pode e o que não pode fazer. Vai me dizer agora que um bando de marmanjos não sabe?! O fato de não existir regulamentação proibindo congressistas safados de levarem a família de férias às custas do contribuinte não significa, em absoluto, que qualquer congressista safado esteja automaticamente autorizado a fazê-lo.

É mais do que evidente, para qualquer pessoa com um mínimo de dignidade e de boa fé, que verbas públicas não podem ser usadas para fins privados. Qual é a regra que está faltando para que a politicalha entenda isso?

Em que mundo levitam as excelências que não percebem que os seus gastos nababescos custam o suor de brasileiros que trabalham de verdade? Em que mundo vivem as excelências que acham normal que seus filhinhos mimados torrem dezenas de salários mínimos em conta de celular, só assim? Em que mundo vivem as excelências que, não contentes em alugar jatinhos às nossas custas, ainda têm a petulância de posar como partes ofendidas?! Em que mundo, afinal, se homiziam essas excelências que, pegas em flagrante, reagem afirmando que “faltam regras claras”?!

Ora, o que falta, excelências, é apreço à democracia, é amor pelo país, é compaixão pelo povo que trabalha de sol a sol e não tem escola, não tem hospital, não tem nada. O que falta é vergonha na cara.

* * *
Pior do que a roubalheira interminável que assistimos, se é que pode haver algo pior, é o seu leque malsão de efeitos colaterais. Eles podem ser ouvidos em qualquer lugar, nos cabeleireiros, nos ônibus, nos botecos, nos escritórios;
eles podem ser lidos nas seções de cartas de leitores e na internet, das caixas postais que rosnam com abaixo-assinados e textos indignados aos blogs e caixas de comentários do noticiário.

O mais deletério à nossa auto-estima é o argumento, repetido à exaustão, de que o congresso é a cara do país, e que a canalha que lá está nos representa à perfeição.

Não é verdade.

O Brasil é muito melhor do que os seus políticos. Olhem ao seu redor, na sua casa, entre os seus amigos e conhecidos: a maioria dos brasileiros é gente correta e batalhadora, ocupada em ganhar a vida. Essa maioria só sai no jornal como vítima:
de assalto, atropelamento, bala perdida, burocracia, erro médico. A questão é que a política anda tão nojenta, mas tão nojenta, que causa repulsa às pessoas decentes.

Outro péssimo efeito colateral da safadeza generalizada é a idéia de que não sabemos votar, e que não fizemos direito o nosso dever nas eleições: afinal, a maioria dos políticos está na vida pública graças aos votos dos seus eleitores. O problema é que só se pode votar bem quando há opções que permitam fazê-lo. E, pelo visto, não há opções.

* * *
O efeito mais perigoso de todos, porém, é que mais e mais se ouvem pessoas a favor do fechamento do Congresso: se ainda não perceberam, conversem um pouco na rua, leiam os fóruns na internet, prestem atenção. Vocês vão ver como esse sentimento se generaliza (sem trocadilho!). Não se pode nem falar em saudades da ditadura.
Muitos jovens que nem eram nascidos naqueles maus tempos não entendem para que o país precisa de um legislativo que custa tão caro, dá tão mau exemplo e só legisla em causa própria. Do jeito que as coisas vão, está cada vez mais difícil defender o Congresso e, consequentemente, a democracia.

É isso, sobretudo, que não devemos, nem podemos, perdoar a essa corja de traíras irresponsáveis. O Congresso não é a casa da mãe Joana, nem pertence aos camatas e sarneys da vida; ele pertence a todos nós, e o seu funcionamento, em plena liberdade, foi conseguido com muito sacrifício para ser, agora, tornado irrelevante em troca de seis dinheiros.

* * *
Para nós, cariocas, que tanto nos orgulhavamos de ter um parlamentar como Fernando Gabeira, e tanto nos empenhamos na sua campanha à prefeitura, fica, além de tudo, o gosto amargo da decepção. Nunca pensei, aliás, que pudesse usar essa palavra – decepção – em relação a um político, mas aí está. Continuo achando que, apesar de tudo, existe uma grande distância entre ele e a maioria dos seus pares; mas não há como negar a mancha na sua biografia, ou a dúvida entre o seu eleitorado. O que mais ele fez que apenas ainda não veio à tona?

Do que mais vão se arrepender depois do flagra?


(O Globo, Segundo Caderno, 23.4.2009)

Balas de Estalo - trecho - Machado de Assis

Primor do bom humor machadiano...

"O Sr. Deputado Penido censurou a Câmara por lhe ter rejeitado duas emendas: — uma que mandava fazer desconto aos deputados que não comparecessem às sessões; outra que reduzia a importância do subsídio.

Respeito as cãs do distinto mineiro, mas permita-me que lhe diga: a censura recai sobre S. Ex.ª não só uma, como duas censuras. A primeira emenda é descabidas. Ex.ª naturalmente ouviu dizer que aos deputados franceses são descontados os dias em que não comparecem; e, precipitadamente, pelo vezo de tudo copiarmos do estrangeiro, quis logo introduzir no regimento da nossa Câmara esta cláusula exótica. Não advertiu S. Ex.ª, que esse desconto é lógico e possível num país, onde os jantares para cinco pessoas contam cinco croquetes, cinco figos e cinco fatias de queijo. A França com todas as suas magnificências, é um país sórdido. A economia ali é mais do que sentimento ou um costume, mais que um vício, é uma espécie de pé torto, que as crianças trazem do útero de suas mães.

A livre, jovem e rica América não deve empregar tais processos, que estariam em desacordo com um certo sentimento estético e político Cá, quando há alguém para jantar, mata-se um porco; e se há intimidade, as pessoas da vizinhança, que não comparecerem, recebem no dia seguinte um pedaço de lombo, uma costeleta, etc. Ora, isso que se faz no dia seguinte, nas casas particulares, sem censura nem emenda, porque é que merecerá emenda e censura na Câmara onde aliás o lombo e as costeletas são remetidos só no fim do mês? Nem remetidos são: os próprios
obsequiados é que hão de ir buscá-los.

Demais, subsídio não é vencimento no sentido ordinário: pro labore. É um modo de suprir às necessidades do representante, para que ele, durante o tempo em que trata dos negócios públicos, tenha a subsistência afiançada. O fato de não ir à Câmara não quer dizer que não trata dos negócios públicos; em casa pode fazer longos trabalhos e investigações. Será por andar algumas vezes na Rua do Ouvidor, ou algures? Mas quem ignora que o pensamento, obra secreta do cérebro, pode estar em ação em qualquer que seja o lugar do homem? A mais bela freguesa dos nossos armarinhos não pode impedir que eu, olhando para ela, resolva um problema
de matemáticas. Arquimedes fez uma descoberta estando no banho.


Mas, concedamos tudo; concedamos que a mais bela freguesa dos nossos armarinhos me leva os olhos, as pernas e o coração. Ainda assim estou cumprindo os deveres do cargo. Em primeiro lugar, jurei manter as instituições do país, e o armarinho, por ser a mais recente, não é a menos sólida das nossas instituições. Em segundo lugar, defendo a bolsa do contribuinte, pois, enquanto a acompanho com os olhos, as pernas e o coração, impeço que o contribuinte o faça, é claro que este não o pode fazer, sem emprego de veículo, luvas, gravatas, molhaduras, cheiros,
etc."

DO CONTRÁRIO COMO TERAPÊUTICA DA LIBERTAÇÃO - Fernando Pessoa

"Recentemente, entre a poeira de algumas campanhas políticas, tomou de novo relevo aquele grosseiro hábito de polemista que consiste em levar a mal uma criatura que ela mude de partido, uma ou mais vezes, ou que se contradiga freqüentemente. A gente inferior que usa opiniões continua a empregar esse argumento como se ele fosse depreciativo. Talvez não seja tarde para estabelecer, sobre tão delicado assunto do trato intelectual, a verdadeira atitude científica.

Se há fato estranho e inexplicável é que uma criatura de inteligência e sensibilidade se mantenha sempre sentada sobre a mesma opinião, sempre coerente consigo própria. A contínua transformação de tudo dá-se também no nosso corpo, e dá-se no nosso cérebro conseqüentemente. Como, então, senão por doença, cair e reincidir na anormalidade de querer pensar hoje a mesma coisa que se pensou ontem, quando não só o cérebro de hoje já não é o de ontem, mas nem sequer o dia de hoje é o de ontem? Ser coerente é uma doença, um atavismo, talvez; data de antepassados animais em cujo Estádio de evolução tal desgraça seria natural.

A coerência, a convicção, a certeza são, além disso, demonstrações evidentes – quantas vezes escusadas - de falta de educação. É uma falta de cortesia com os outros ser sempre o mesmo à vista deles; é maçá-los, apoquentá-los com a nossa falta de variedade.

Uma criatura de nervos modernos, de inteligência sem cortinas, de sensibilidade acordada tem a obrigação cerebral de mudar de opinião e de certeza várias vezes no mesmo dia. Deve ter não crenças religiosas, opiniões políticas, predileções literárias, mas sensações religiosas, impressões políticas, impulsos de admiração literária.

Certos estados de alma da luz, certas atitudes da paisagem têm, sobretudo quando excessivos, o direito de exigir a quem está diante deles determinadas opiniões políticas, religiosas e artísticas, aqueles que eles insinuem, e que variarão, como é de entender, consoante esse exterior varie. O homem disciplinado e culto faz da sua sensibilidade e da sua inteligência espelhos do ambiente transitório: é republicano amanhã de manhã e monárquico ao crepúsculo; ateu sob um sol descoberto, e católico ultramontano a certas horas de sombra e de silêncio; e não podendo admitir senão Mallarmé àqueles momentos do anoitecer citadino em que desabrocham as luzes, ele deve sentir todo o simbolismo uma invenção de louco quando, ante uma solidão de mar, ele não souber mais do que da Odisséia.

Convicções profundas, só as têm as criaturas superficiais. Os que não reparam para as coisas quase que as vêem apenas para não esbarrar com elas, esses são sempre da mesma opinião, são os íntegros e os coerentes. A política e a religião gastam dessa lenha, e é por isso que ardem tão mal ante a Verdade e a Vida.

Quando é que despertaremos para a justa noção de que política, religião e vida social são apenas graus inferiores e plebeus da estética – a estética dos que ainda não podem ser? Só quando uma humanidade livre dos preconceitos de sinceridade e coerência tiver acostumando suas sensações a viverem independentemente se poderá conseguir qualquer coisa de beleza, elegância e serenidade na vida."

Continuação... (Das mentiras contadas para as crianças)

1 - Não pode entrar na piscina depois de comer! Faz mal!!!!
Por que é mentira:
Pode reclamar de barriga cheia! Entrar na piscina para se refrescar depois de comer não faz mal nenhum, exceto, é claro, se a água estiver numa temperatura extrema - muito gelada ou escaldante. O que pode ser perigoso é, até duas horas após a refeição, sair nadando feito um louco. A atividade física intensa faz o sangue, que deveria se concentrar na digestão, ser deslocado para acelerar os músculos, o coração e a respiração.(!) Se o problema não está na água, e sim na atividade física, é claro que tomar um bom banho de chuveiro após as refeições também está liberado.

2 - Sai de perto da TV, que estraga a vista!
Por que é mentira:
A luminosidade e os raios emitidos pela telinha, de perto ou de longe, não causam danos permanentes nos olhos de ninguém. O máximo que pode rolar, momentaneamente, é um cansaço da vista ou um ressecamento do globo ocular, porque a pessoa “vidrada” na programação acaba diminuindo a freqüência das piscadas. Ler com pouca luz ou dentro de um carro em movimento pode até causar dor de cabeça, tontura e outros desconfortos, mas também não estraga a capacidade de visão.

3 - Se você não ficar quieto, a caxumba ("papeira) vai descer!
Por que é mentira:
A caxumba em geral se manifesta pelo inchaço das parótidas, glândulas salivares que ficam abaixo da orelha. Ela realmente pode atacar outros tecidos, inchando também os testículos e dando a impressão de que a inflamação “desceu”. Mas isso só rola se o sistema imunológico da pessoa estiver fraca. Desde que não debilitem o sistema imunológico, os exercícios físicos estão liberados. Pouca gente sabe, mas a caxumba pode atacar diretamente os testículos sem se manifestar nas parótidas, ou seja, sem deixar a pessoa com aquelas típicas bochechas inchadas.

4 - Videogame estraga a televisão!
Por que é mentira:
Essa lenda cheira mais a disputa pelo controle remoto… Os jogos eletrônicos desgastam a TV na mesma medida que novelas, partidas de futebol, telejornais… Ou seja, qualquer programação que mantenha o monitor ligado. Quanto mais tempo ele permanecer funcionando, mais cedo virão os problemas técnicos. Imagens estáticas exibidas por muito tempo podem “queimar” a telinha, deixando marcas permanentes. Mas isso vale tanto para games com contadores de pontos fixos como para canais de TV que exibem sua marca no canto da tela.

5 - Se você tomar friagem vai ficar gripado!
Por que é mentira:
Gripes e resfriados são doenças respiratórias causadas por vírus que podem ser contraídos pelo ar ou por contato direto entre as pessoas. Até hoje, nenhum estudo provou que seres humanos submetidos a baixas temperaturas - a popular “friagem” - correm mais riscos de contrair essas doenças. Esse mito pode ser explicado porque, em dias mais frios, as pessoas passam mais tempo aglomeradas em ambientes fechados, o que facilita a contaminação. Além disso, alguns tipos de vírus da gripe se multiplicam mais no inverno.

6 - Comer chocolate dá muita espinha!
Por que é mentira:
Alguns estudos até associam uma dieta rica em açúcar com o aparecimento de espinhas, mas não há nada especificamente condenando o chocolate. Além disso, a predisposição genética e as alterações hormonais - comuns na adolescência e em momentos de estresse - é que são os principais responsáveis pelas espinhas. Essa lenda pode ter surgido porque muitas pessoas tendem a consumir mais chocolate nos períodos em que estão mais tensas ou ansiosas - situações em que os hormônios ficam mais à flor da pele, estimulando as espinhas.

7 - Passa um pouco de gelo nessa queimadura!
Por que é mentira:
Poucas mães acertam na hora de dar conselhos sobre como tratar uma queimadura. Em contato prolongado com a pele, o gelo também queima. Além disso, ele pode grudar e descolar a pele que protegeria o local atingido. Pasta de dentes, manteiga e qualquer outro produto caseiro também devem ser evitados. Em queimaduras leves, a melhor indicação é usar água fria para resfriar o local queimado e deixar o organismo se curar sozinho. Em queimaduras mais graves, corra para um hospital, ok?

8 - Se não usar óculos, seu grau vai aumentar!
Por que é mentira:
A progressão ou estabilização do grau de deficiência visual acontece naturalmente e varia de pessoa para pessoa. Usar ou deixar de usar óculos não interfere nesse processo. As lentes só servem para corrigir as falhas oculares que atrapalham a formação da imagem. Os óculos para estrabismo (”vesguice”) educam os olhos a corrigir os movimentos descoordenados. Nesse caso, a falta de uso pode resultar numa acomodação permanente da visão com problemas.

9 - Quem está com dor de garganta não pode tomar sorvete!
Por que é mentira:
Não caia nessa fria! A inflamação da garganta, que em geral aparece junto com gripes e resfriados, é causada por vírus - e, em alguns casos, por bactérias - que não têm nada a ver com um delicioso sorvete. Pelo contrário! Se a irritação da garganta estiver incomodando muito, um sorvetinho bem gelado até ajuda a aliviar a dor.


10 - Se engolir o chiclete ele gruda no estômago!
Por que é mentira:
Digamos que essa não passa de uma meia-verdade… Graças ao muco das paredes estomacais, o chiclete não fica grudado ali. A tendência é que ele saia junto com as fezes. Mas, se você engolir muitos chicletes, pode dar o azar de eles obstruírem a saída do estômago ou do intestino. Aí, o jeito é apelar para uma cirurgia…O maior prejuízo que o chiclete provoca no estômago é que a mastigação constante “engana” o órgão: ele acumula suco gástrico à espera de um alimento. Como a comida não vem, esse suco acaba irritando as paredes estomacais, podendo causar uma gastrite.

Trouble of the World - Mahalia Jackson

"In the upper room" - Mahalia Jackson

(Essa é a música da minha alma)


(Veja a tradução ao final)






In the Upper Room

In the upper room with Jesus
Sad, not here, blessed fears
Daily there my sins confessing
Beggin for his mercy sweet
Trusting in his grace and power
Seeking there His love in prayer
It is then, Oh, I feel the Spirit
As I sit with him in prayer

Oh it's in the upper room with Jesus
Oh it's in the upper room
with my Lord and your God
Well it's in the upper room
Yes, it's in the upper room
Well, it's in, in the upper room
Talkin' with the Lord Oh my!
Hallelujah Lord!

In the upper room with Jesus
Oh it's in the upper room
Talking with my Lord, yes and your God!
You know it's in the upper room
It's in the upper room
Lord, it's in, in the upper room
Talkin' with the Lord Oh yes, God
Hallelujah!

In the upper room
In the upper room
In the upper room
in the upper room
In the upper room, Lord...
In the upper room with Jesus
Oh in the upper room
Talking with my Lord, yes, and your God!
You know I'm in the upper room
It's in the upper room
Lord, it's in, in the upper room
Talkin' with the Lord Oh yeah, yeah
Hallelujah

It's in the upper room with Jesus
Lord, I'm in the upper room
Talking with my Lord, yes, and your God!
You know I'm in the upper room yes
I'm in the upper room
Lord, it's in the upper room
Talkin' with my Lord
Oh, yeah

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TRADUÇÃO

No andar de cima com Jesus

No andar de cima com Jesus
Triste não, aqui abençoado
Receios diariamente sendo limpos
Os meus pecados
Iniciando por sua misericórdia doce
Confiando em sua graça e poder
Buscando o Seu amor lá, em oração
É então, Oh, eu sinto o Espírito
Como eu sentar com ele, em oração

Ah, é no "quarto superior" com Jesus
Ah, é, no Cenáculo
Com o meu Deus e vosso Deus
Pois é quarto superior,
Sim, é no andar de cima
Lá que está o Cenáculo
Falando com o meu Senhor
Oh, Aleluia!

No andar de cima com Jesus
Ah, é, no Cenáculo
Conversando com o meu Senhor,
Sim o meu Deus!
Você sabe que é na parte superior, no quarto
É no aposento mais alto
Com o Senhor
Falando com o Senhor
Oh, sim, Deus
Aleluia!

Blue moon - Ella Fitzgerald

É um anjo cantando...





NÃO POSSO CRER...


Que ainda adolescente Ella fugiu de um reformatório e foi viver nas ruas de Nova Iorque cantando e dançando para ganhar gorjetas. Em novembro de 1934 participou de um show de calouros, ganhou o primeiro prêmio que era a permissão de se apresentar no teatro duas semanas, mas o gerente não aceitou por considerá-la muito feia. Coitada!

Cantava gratuitamente até que Chick Webb a levou para um teste com o bandleader, mas que não quis ouví-la por também considerá-la muito feia. Por insistência de Webb acabou ouvindo e por fim contratando-a...

Quem, ouvindo uma voz divina dessa, é capaz de descartá-la por causa de um rosto?
Esse mundo é muito maluco mesmo.

Lição de vida.

Quem de nós dois

Ana Carolina - Quem de nós dois




Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber...

Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer...

Se eu disser
Que já nem sinto nada
Que a estrada sem você
É mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso
Leio o teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso...

Sinto dizer que amo mesmo
Tá ruim prá disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos

No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada....

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro...
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa...
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Lê o meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso...

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro...
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Composição: Ana Carolina / Dudu Falcão / GianLuca Grignani / Massima Luca

VEJA O VÍDEO COM O GIANLUCA (com a letra traduzida)

Conversa entre amigas



(Continuação de um diálogo que iniciou com uma bobagem)

SICRANA

"(Mil gozações com o meu estado)
... O que é mesmo um mistério é essa bola gigante rodando sem parar, indiferente aos nossos dramas e paixões. Não tem como não ficar impressionado com a vacuidade de nossas vidinhas, a vaidade de tudo o que somos, fazemos e pensamos, pelo menos no aqui e agora dessa vida. Se isso tudo não tiver uma inscrição espiritual, se isso tudo não deixar marcos profundos naquilo que haveremos de ser e nas pessoas com quem haveremos de conviver, somos, de fato, as mais infelizes das criaturas!


Não sei se estou pisando em caminho herético, mas eu tenho impressão que tem coisas não reveladas em relação a isso. Como Deus poderia nos ter criado tão ricos, complexos, cheios de aspirações, de emoções, tão sofredores, só para murcharmos como uma flor e pfft... nada do que contou, nada dessa construção interminável que empreendemos com nosso ser ter mais nenhum significado para ninguém, nem mesmo para nós.
Não consigo acreditar que não haja, de alguma forma, uma continuidade em nossas vidas: a daqui e a eterna. Nao consigo imaginar que nosso ser glorificado, transformado, seja um ser automatizado, robotizado: todo o mundo igual, sem memórias, sem laços, sem nada da bagagem que carregamos nessa vida. Há de ficar algo disso, de alguma forma. Sem os traumas, sem as lágrimas, tudo pacificado, resgatado, curado.

Sempre me perturbou a idéia de que daqui a uma geração, ninguém mais sabe nada sobre você, ou tão pouco do essencial. Às vezes, nem do básico... Minha irmã me deu de Natal um livro que ela mandou fazer, com fotos antigas impressas dos nossos antepassados (dos tataravôs em diante). Adorei. Te mostro um dia. Estava pensando nisso hoje, depois de mostrar o livro pela web-cam ao meu filho. Fiquei olhando nos rostos dessas pessoas com lupa, para ver uma expressão, procurar um rastro daquilo - mínimo, às vezes, - que eu sei de alguns deles. Por exemplos, tem a avó paterna do meu pai - a única que o compreendia, na infância, segundo ele diz. Morreu quanto ele tinha 14 anos e foi um sofrimento grande para ele. Ninguém sabe como ela se chamava. Nem ele mesmo! Era a "Mamé", uma variante familiar, meio rural, para vovó. Me dei conta, hoje, que essa minha bisavó morreu apenas 7 anos antes de eu nascer. Sempre achei que isso tudo tinha acontecido há milhares de anos da minha vida. Mas não! No entanto, ninguém mais sabe o nome dela! Pode?! Mas me parece ver uma bondade no rosto dela - uma protestante que conhecia a Deus - e fico pensando que, mais do que informações sobre ela, fatos, dados concretos, o que conta é essa bondade que ela semeou e que deve estar a seguindo nos pastos verdejantes onde está descansando, livre do pecado para viver plenamente essa bondade.

Sabe, aquilo que Deus nos pede, tão simples, tão elementar, tão pouco em relação àquilo que gostaríamos que ele nos cobrasse, porém tão difícil sem ele: praticar a justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Ele, não é só para o momento presente, para nossos relacionamentos terrestres. É um caminhar que não muda a vida de todas as crianças que padecem da guerra, de toda mulher e de todo o homem que sofrem humilhação e maus tratos, mas ilumina a vida de alguns, os ajuda a acreditarem no Bem e no Bom do nosso Deus, aqui. E principalmente, é um caminho que a gente continuará a trilhar, de alguma forma, quando estivermos com Ele, nos deliciando com os frutos que essa justiça e essa misericórdia, exercidas em nossas vidas pela graça dele, trouxeram.

Essa idéia é extremamente apaziguadora para mim, não sei se tu me entendes. "Certamente a bondade e o amor me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor para sempre". Não sei se o hebráico autoriza a interpretação que eu faço, mas não faz mal: a bondade e o amor, são os de Deus, cujas misericóridas se renovam todas as manhãs sobre nossas almas inchadas ou secas, nossos rostos enrugados ou esticados, nossos corpos sadios ou doentes, mas imagino também que essas virtudes que ele quer fazer crescer em nós, essas marcas dEle em nós, que Ele nos pede para praticar em nossos parcos dias, nos seguirão na eternidade, sim.

Bem, se tu não estiveres de acordo com essa teologia, pode passar 1h me derrubando no computador, que pelo menos durante esse tempo terás esquecido o espelho e teu inchaço! Eu vou voltar ao trabalho que abandonei para ficar batendo papo contigo, mas me prometi terminar antes de dormir!

Bjs e calma: hás de desinchar um dia, alma e rosto!
"


FULANA



"Preciso te provocar mais vezes. Não é todo dia que recebo um texto bem pensado e bem escrito, com conteúdo. Por isso também perdôo todas as suas gozações. Acabei de orar e estou com o meu espírito cristão mais sensível, quase flutuante.

Você deveria ser filósofa ou socióloga. Claro que a lingúistica não está dissociada disso , mas na minha ignorância me parece que seja um quarto mais reservado das ciências humanas: um quarto dobrando no final do corredor. A gente não chega lá intuitivamente. Alguém tem que explicar que existe.


Com certeza Deus não nos contou nem metade da verdade toda. Ele falou bem pouco e do pouco que falou entendemos uma parcela ínfima.
Ele tem razão em não ter esticado conversa. Não ia adiantar nada.

Se tudo fosse acabar por aqui mesmo e a gente simplesmente fosse pular para um nível superior quando morresse, por que levar tão a sério o que fazemos por aqui? Se tudo se perde não haveria nada de trágico no pecado. Seria aquele lance de "comamos e bebamos porque amanhã morreremos." Mas e se nada se perde? E se há, realmente, resultados? Se tudo são sementes? Se tudo são movimentos contínuos e ininterruptos que se perpetuam no tempo e espaço influenciando mundos? Pior: e se esses movimentos e influências forem crescentes, como bolas de neve? Então, em termos de eternidade, qualquer pequena maldade seria catastrófica. Só pensando assim dá para entender o motivo de se levar a sério o furto de um lápis nas Lojas Americanas, por exemplo. Cara, Jesus tava certo! rsrsrs

Tanto o bem quanto o mal parecem tão sem sentido nessa vida! Mas se essa vida não acaba... Se morrer nao for "passar para a outra vida" mas apenas ficar invisível e passar a enxergar coisas que não víamos... aí a coisa muda de figura.
Essa vacuidade de que você falou, estou praticamente convencida de que não existe. Dá a impressão de que existe porque nossos sentidos não captam nada relevante por estas plagas.

Certamente tudo será lembrado e continuado. Ninguém chegará no Além com a mente zerada. Saberemos de tudo, lembraremos, daremos continuidade. O conhecimento continuará a ser progressivo como sempre foi. Não alcançaremos a plenitude como quem compra uma obra completa em DVD - a menos que admitamos que Deus seja uma fonte findável e previsível. Mas se ele é infinito - e é - então tenho que admitir que passaremos a eternidade desfrutando-o e descobrindo coisas instigantes. Isso é muito interessante e não tem nada a ver com aquela idéia de um monte de gente vagando com o olhar perdido tocando harpa o dia todo.

O conhecimento é infinito. Então evoluiremos (por assim dizer) para sempre. Jamais saberemos onde isso vai dar. Na verdade não vai dar em lugar nenhum, apenas continuará sendo, numa aventura sem fim.


Nenhum conhecimento, por mais tolo que seja, será perdido. E todo o conhecimento, por mais todo que seja, pelo menos para nós, começou aqui na Terra. Então por que seria perdido?

A maioria das coisas que se fala nas igrejas sobre Céu e Inferno são bobagens. "Não vamos nos conhecer!" Vai ter sofrimento! Não vai ter sofrimento!"... Esses rótulos ou categorias de coisas são todas terráqueas e certamente não se aplicam ao nível de vida fora do corpo físico e fora do tempo. É bobagem pensar assim. É bobagem mas uma bobagem compreensivel e até gostosa de pensar. Tudo bem. Que mal há em sonhar e imaginar coisas? Nunca fez mal às às crianças nem o fará a nós.

Os "seres não terrestres" (anjos) devem rir muito de nós. Devem fazer um esforço enorme para não contarem logo os próximos capítulos da novela.


Ninguém perderá significado com o tempo. TUDO será resgatado. Cada pequena ação, cada sorriso, cada esmola, cada beijo, cada doce de leite mexido na panela. Tudo será lindamente resgatado. Tenho certeza absoluta disso. Seria absurdo que tudo se perdesse!!!!!! Até as casinhas das formigas, os castelos de pedras feitos por crianças, os esconderijos no quintal.

Haverá laços sim, e mais robustos do que os que existem hoje. Porque você ama a sua mãe, mas esse amor vem embaralhado com algumas mágoas, pequenas ou grandes. Mas quando isso tudo for consertado o vínculo permanecerá, mas sem qualquer fragilização. Será melhor ainda. Não como robôs. Seremos uma construção de diamante, uma cidade fortificada. Por isso que digo: a idéia que se tem da vida celeste, no geral, é quase idiota.

Só será esquecido o que será perdoado. Esquecido para sempre. E os efeitos maléficos do que não for perdoado? O que fazer com suas ondas, seu interminável rosário de causa e efeito? Bem, entendo que deverá ser removido, separado para que surta efeito em outro plano. É o que poderíamos chamar de Inferno. Acho que é isso, em linguagem meio "desevangelizada".

"Certamente que a bondade e a misericórdia nos seguirão todos os dias da nossa vida." A extensão disso foge à imaginação mais fértil mas só de pensar dá uma alegria louca!

Beijos."


(Possivelmente a conversa continuará. Qualquer coisa eu te aviso.)

Macaquinho de estimação

Ele é engraçado. Ele pega a banana onde você colocar.

Tigre de estimação

Ele é mansinho!

CÃOZINHO

Ele come, pula... Adote-o.


Jogo das bolinhas

É bem legal: você tem que observar a cor da bola que está na "agulha" e atirar nas bolinhas da mesma cor, de preferência naquelas que estão agrupadas com várias da mesma cor. Quanto mais você estourar, mais pontos. É simples e gostoso. Ótimo para jogar no ambiente de trabalho enquanto seu chefe não está por perto. Tire o som.


Pinto carente

Você pode todos os dias passar por aqui e dar um instate de atenção a este pintinho carente. Clique em "more" aparecerá um pacote de milho para você alimentá-lo. Se não suportar os piados, pode retirar o som mas pense bem: isso não seria anti natural? Aceite seu pinto como ele é!

Brinque com ele. Não é uma gracinha?


Dois filminhos legais do Calvin




Solar Antique - restaurante

Ontem estive almoçando no restaurante Solar Antique. Já estive na mansão de recepções - uma beleza - mas o restaurante me desapontou.

Pra começar, meu filho e eu perguntamos ao funcionário à porta como era o serviço. Fomos informados que era buffet. Ele acrescentou que pagava-se uma taxa única e o cliente se serviria à vontade, com sobremesa e cafezinho incluídos.

Dirigi-me ao toalete. Achei um absurdo não ter sido lavado; estava cheirando a urina. Dentro, próximo à privada, não havia onde pendurar a bolsa. Fora, para lavar as mãos, a saboneteira estava sem sabonete líquido. Tive que contentar-me em apenas molhar as mãos antes da refeição. Começamos mal...

O buffet, gostoso mas simplesinho, não empolgava. Tá bom. Só que no fim, desejando a sobremesa, tive uma decepção. A informação inicial era: taxa única, o cliente se serve a vontade, sobremesa e cafezinho incluídos. O que se entende? Que é tudo a vontade, pois trata-se de um buffet. Pois senti-me lograda quando descobri que teria que optar por apenas uma das três sobremesas oferecidas pela casa. Diga-se: sobremesinhas comuns, que a gente encontra em qualquer casa de maricota por aí (mousse de chocolate, pudim de leite e creme de bacuri) sem direito a repetição.

Escolhi o mousse. Recebi uma mísera tigelinha cujo conteúdo nunca foi mousse na vida. Era um creme gelado de chocolate. Gostoso, mas estava mais para sorvete caseiro. Repito: aquilo NÃO ERA um mousse nem aqui nem na conchinchina.

Detalhe: o "cafezinho" (café com leite) veio ao mesmo tempo que a sobremesa e não depois, como é de costume. Ou seja: foi saboreado morno.

Bem, pelo menos os garçons eram simpáticos e gentis.

Estou escrevendo isso porque descobri dia desses que, como blogueira, sou uma ilustre formadora de opinião.

Aê pessoal do Solar, acho que dá pra melhorar, não é?

Charge de Belém

Tô danto. Inteiramente grátis. É sério!

Lista atualizada em 10/01/09.

Se você tiver interesse em qualquer destes itens, entre em contato através do e-mail farcristin@yahoo.com.br. Claaaaaro que você vai ter que vir buscar. Se não morar na cidade, problema seu. Não pretendo ter despesas de entrega. E ande logo porque posso mudar de idéia. Sou muito temperamental e apegada às coisas materiais.

1- Dois broches para vocês customizar suas camisetas ou bolsas;
2- Um cinto feminino vermelho;
3- Um cinto feminino branco;
4- Uma esponja de banho novinha da silva (ganhei de brinde e nunca usei);
5- Uma pulseira artesanal de miçangas. Esticável.
6- Dados do amor. Você joga e vê as sugestões de safadezas para praticar. Use com moderação. Ou não.
7- Uma caixinha porta-maquiagem com espelho.
8- Lindíssimos canecos de vidro para chope;
9- Um pauzinho japonês para prender cabelo;
10- Lindo conjuntinho de papais noéis de plástico (vieram como brinde de panetone);
11- Um lindo porta treco com a tampa trabalhada.
12- Um copo plástico com motivos natalinos. Você não pode viver sem ele. Eu posso.
13 Um caneco de alumínio, térmico, para tomar chope;
14- Um batom da Natura (semi novo). Cor alaranjada.
15- DVD + CD do Gilberto Gil. Legais as músicas. Comprei nas Americanas. São originais.


























O drama de Lucrécia





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